Mesmo com o anúncio da SEC sobre a votação final de governança do MultiversX (EGLD) prevista para outubro de 2025 e com iniciativas de desregulamentação do mercado cripto como o Project Crypto, a definição regulatória permanece incerta. O plano da SEC para 2025 prioriza a elaboração de normas amplas sobre classificação de tokens, custódia e plataformas de negociação, mas as diretrizes específicas para o EGLD ainda não foram formalizadas. Essa incerteza gera um ambiente complexo para quem atua no setor.
A suspensão de processos de enforcement e o avanço em novas regulamentações indicam uma postura regulatória mais flexível. Porém, a ausência de uma classificação específica para o EGLD preocupa investidores institucionais e operadores de exchanges. Estudos apontam que 57% dos participantes institucionais consideram a “clareza regulatória” como fator-chave para adoção, mas o EGLD segue submetido a interpretações em vez de normas definitivas.
Esse cenário impacta diretamente o ritmo de adoção. Exchanges exigem estruturas de compliance claras antes de listar ou ampliar pares de negociação, enquanto investidores institucionais mantêm cautela sem uma definição legal objetiva. O foco da SEC em compliance de AML e regulação de ativos digitais indica que futuras fiscalizações podem atingir projetos sem infraestrutura robusta de conformidade. Enquanto o MultiversX não receber uma classificação regulatória inequívoca, o avanço da adoção tende a ser limitado, mesmo diante do potencial tecnológico e do desenvolvimento do ecossistema.
O MultiversX (EGLD) enfrenta obstáculos regulatórios internacionais relevantes que podem limitar fortemente sua adoção mundial até 2030. O ambiente regulatório tornou-se mais fragmentado, com diferentes países impondo exigências variadas aos provedores de serviços de ativos virtuais (VASPs). O regulamento MiCA da União Europeia exige autorização de CASP para exchanges que operam com EGLD, enquanto a SEC dos EUA mantém supervisão via as regras da FinCEN. Já a FCA do Reino Unido, a Monetary Authority de Singapura e a Financial Services Agency do Japão adotam estruturas próprias de compliance.
A atualização da Travel Rule da FATF, aprovada em junho de 2025, impõe exigências padronizadas para transferências internacionais acima de USD/EUR 1.000, obrigando a coleta detalhada de dados de remetentes e destinatários. Isso amplia o desafio operacional para exchanges que processam transferências de EGLD. Protocolos de diligência reforçada e monitoramento contínuo de transações aumentam a complexidade das operações internacionais. Segundo a atualização da FATF de junho de 2025, há disparidade na aplicação das medidas de AML/CFT para ativos virtuais, abrindo lacunas de compliance que prejudicam a fluidez do EGLD entre jurisdições. Essas diferenças regulatórias elevam custos e complexidade operacional, podendo restringir o acesso ao EGLD em certos mercados e reduzir a eficiência das transações internacionais até 2030.
A adoção de políticas mais rigorosas de KYC/AML cria um cenário ambíguo para a operação e o ecossistema de usuários do MultiversX. Dados de 2025 mostram que 92% das exchanges centralizadas já cumprem integralmente as exigências de KYC, com identificação por foto e biometria se tornando padrão de mercado. Contudo, esse movimento regulatório provoca barreiras claras para a adoção de novos usuários.
| Resposta do Usuário | Percentual | Impacto |
|---|---|---|
| Usuários que evitam o KYC completo | 23% | Migração para alternativas descentralizadas |
| Usuários que preferem KYC por segurança | 58% (mercado dos EUA) | Maior confiança institucional |
| Plataformas com KYC baseado em risco | 71% | Carga de compliance variável |
O MultiversX precisa gerir esse cenário de forma estratégica. A conexão com exchanges exige alinhamento de compliance, mas a intensificação das exigências de reporte de beneficiário final—especialmente devido à regulação AML da UE, que reduziu os limites de UBO para 25% e 15% em setores de alto risco—eleva os custos operacionais. Sistemas de monitoramento em tempo real e integração de analytics blockchain demandam investimentos robustos.
O ambiente regulatório também influencia o acesso à liquidez do token. Plataformas que adotam diligência reforçada podem restringir negociações de usuários de níveis mais baixos, afetando o volume negociado de EGLD em exchanges regulares. Ao mesmo tempo, o fato de 71% das plataformas cripto utilizarem métodos baseados em risco sugere que o MultiversX pode manter flexibilidade operacional ao ajustar as exigências de verificação conforme o valor das transações e a localização dos usuários, mantendo a atração de novos usuários sem comprometer a conformidade regulatória.
A transparência nos relatórios de auditoria tornou-se central para a conformidade do EGLD no novo cenário regulatório de 2025. O PwC Global Crypto Regulation Report 2025 aponta que 42 países já exigem padrões mais exigentes de contabilidade e custódia, tornando a divulgação transparente uma obrigação para quem detém criptoativos. Investidores e empresas do MultiversX devem observar que a avaliação a valor justo—agora mandatória em mercados como UE e Hong Kong—requer metodologias confiáveis e divulgação detalhada. A entrada em vigor do MiCAR na União Europeia exemplifica essa tendência, estabelecendo regras harmonizadas que aumentam a segurança jurídica e exigem transparência ampliada. Para o EGLD, isso significa reportar variações de valor do ativo em demonstrativos de resultados completos e com auditoria detalhada. Organizações que detêm posições expressivas em EGLD devem cumprir as novas diretrizes do FASB, com avaliações periódicas e divulgação transparente das oscilações de valor. O ambiente regulatório mostra que instituições sem relatórios auditados robustos enfrentam maior risco de fiscalização e possíveis sanções. Ao adotar práticas rigorosas de auditoria e divulgação, os stakeholders do EGLD fortalecem sua posição regulatória e aumentam a confiança do investidor em um cenário digital cada vez mais regulado.
EGLD é o criptoativo nativo do MultiversX, utilizado para garantir a segurança da rede e realizar pagamentos de taxas de transação. É um ativo digital escasso.
EGLD possui base tecnológica robusta e expectativas de valorização, sendo considerado um bom investimento. As perspectivas de longo prazo são positivas. O cenário atual do mercado apoia sua viabilidade.
Projeções indicam que o EGLD pode atingir US$192,79 em 2025 e US$621,70 até 2030, demonstrando potencial expressivo de valorização. Contudo, os preços futuros permanecem incertos devido à volatilidade do mercado.
Em 06 de dezembro de 2025, US$1 equivale a cerca de 0,12 EGLD. A cotação do MultiversX (EGLD) segue em alta.
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