A primeira vez que ganhei, numa só transação, o equivalente ao salário mensal de outra pessoa, a sensação foi como se tivesse ganho a lotaria—o coração acelerou, só me apetecia logo chamar os amigos para ir petiscar e beber umas cervejas, publicar uma história com uma captura de ecrã dos lucros.
Na cabeça só havia cenários bonitos: pagar a casa, trocar de carro, levar a família a viajar, parecia que a liberdade financeira estava mesmo ali ao virar da esquina. Passava os dias colado ao ecrã, cheio de adrenalina, e a cada pessoa com quem falava, dava por mim a comentar o mercado.
Mas quando um dia os números na conta chegaram a um patamar que muita gente não consegue ganhar nem num ano, de repente fiquei totalmente calmo.
Sem tirar fotos, sem celebrar, fechei o portátil, desci para comprar um pacote de noodles instantâneos e fui para casa cozinhá-los. Depois de comer, sentei-me na varanda a ver as luzes da cidade a acender, com o coração tão tranquilo como um lago.
Foi nessa altura que percebi: quando o dinheiro chega a certo nível, a excitação desaparece.
Antes achava que tinha de provar ao mundo inteiro o quão bom era, agora vejo que essas discussões, comparações e justificações só cansam. Que digam o que quiserem, sorris e deixas passar. Aquelas atitudes que antigamente me custavam a aceitar, aquelas opiniões que não queria ouvir, hoje já consigo compreender—cada um faz o melhor que sabe, dentro dos seus próprios limites de entendimento.
O que realmente bloqueia a maioria das pessoas não é falta de esforço, é o teto da sua perceção.
Muitos ficam presos em moldes invisíveis: o que se deve fazer a cada idade, o que é ser bem-sucedido, como é que se ganha dinheiro de forma legítima. Andam às voltas nas regras, medem-se pelos padrões definidos por outros e acabam por viver como produtos de linha de montagem.
A liberdade nunca foi algo que se compra apenas com mais zeros no saldo bancário.
Ela está na atitude de continuar a viver com sentido, mesmo depois de perceberes as regras do jogo. Essa clareza pouco tem a ver com o saldo da conta; depende muito mais de teres coragem para pensar por ti e para trilhar o caminho que a maioria evita.
Neste mercado, há oportunidades por todo o lado. Se as vais agarrar ou não, depende de estares disposto a superar-te.
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AirdropHunter007
· 2h atrás
Para ser sincero, depois de ganhar até certo ponto, aquela vaidade desaparece mesmo. Em vez de mostrar nas redes sociais, preocupo-me mais em conseguir manter o que tenho.
Há dois anos ainda fazia questão de comentar sobre o mercado com toda a gente, agora prefiro ser discreto, evitar chatices.
Quando se tem mais dinheiro, percebe-se melhor: o mais cansativo é aquela necessidade constante de provar algo a si próprio ou aos outros.
No início só pensava em independência financeira, agora percebo que a verdadeira liberdade é não ter de me comparar com ninguém.
Este artigo está um pouco com tom de autoajuda, mas realmente toca em alguns pontos importantes.
A percepção de uma pessoa pode mesmo limitar-te—mais do que perder dinheiro.
O verdadeiro teste vem depois da euforia; a maioria das pessoas não aguenta a correção e acaba por voltar ao ponto de partida.
Perceber as regras e ter coragem para as quebrar são coisas diferentes.
Toda a gente consegue ver as oportunidades do mercado, o que faz a diferença é a capacidade de execução e o estado de espírito.
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HashBandit
· 12-06 05:38
isto é mesmo diferente... nos meus tempos de mineração teria feito um screenshot daquela primeira subida e perdido tudo até à segunda semana lol. mas a falar a sério? quando realmente percebes a congestão da rede e a mecânica das taxas de gas, a dopamina é outra. menos sobre os números, mais sobre ver a tua estratégia de L2 realmente a funcionar. a maioria das pessoas só percebe a importância dos rollups quando as oscilações da carteira lhes ensinam.
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LuckyHashValue
· 12-06 05:32
Miojo instantâneo é mesmo uma ferramenta de iluminação, ahah, só percebi isso depois de comer algumas vezes.
Naquele ano dei tudo de mim, mas no fim foram os dias mais comuns que me despertaram, é bastante irónico.
A frase sobre o teto cognitivo acertou em cheio, muita gente realmente não consegue sair daquele círculo.
No fundo é tudo uma questão de mentalidade — há quem fique feliz com trinta euros, e há quem ande a pensar como explicar aos outros que tem três milhões, dá vontade de rir.
O mais importante é que depois deixei mesmo de querer provar algo, e aí sim é que se está confortável.
As regras dos outros sempre foram uma piada, quanto mais cedo perceberes isso, mais cedo és feliz.
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GasGuru
· 12-06 05:29
Primeiro ganha-se muito dinheiro, depois é que se finge profundidade — já estou farto deste discurso.
Comer noodles instantâneos com a vista da cidade à noite é mesmo romântico, mas o saldo da conta é que mostra a verdade.
Ter uma atitude tranquila é bom, desde que não se torne uma desculpa para te emocionares contigo próprio.
A expressão “teto cognitivo” agora está por todo o lado, quem é que não sabe dizê-la?
Só quero saber: nesta fase do mercado, como está a tua posição? Ainda estás all in?
Se já percebeste as regras do jogo, porque continuas a brincar nas transações de puro jogo de azar?
Interessante, mas essa filosofia torna-se frágil quando vier a próxima liquidação total.
Ultrapassar a si próprio é muito vago; o verdadeiro avanço é o Bitcoin ultrapassar os cinquenta mil.
A primeira vez que ganhei, numa só transação, o equivalente ao salário mensal de outra pessoa, a sensação foi como se tivesse ganho a lotaria—o coração acelerou, só me apetecia logo chamar os amigos para ir petiscar e beber umas cervejas, publicar uma história com uma captura de ecrã dos lucros.
Na cabeça só havia cenários bonitos: pagar a casa, trocar de carro, levar a família a viajar, parecia que a liberdade financeira estava mesmo ali ao virar da esquina. Passava os dias colado ao ecrã, cheio de adrenalina, e a cada pessoa com quem falava, dava por mim a comentar o mercado.
Mas quando um dia os números na conta chegaram a um patamar que muita gente não consegue ganhar nem num ano, de repente fiquei totalmente calmo.
Sem tirar fotos, sem celebrar, fechei o portátil, desci para comprar um pacote de noodles instantâneos e fui para casa cozinhá-los. Depois de comer, sentei-me na varanda a ver as luzes da cidade a acender, com o coração tão tranquilo como um lago.
Foi nessa altura que percebi: quando o dinheiro chega a certo nível, a excitação desaparece.
Antes achava que tinha de provar ao mundo inteiro o quão bom era, agora vejo que essas discussões, comparações e justificações só cansam. Que digam o que quiserem, sorris e deixas passar. Aquelas atitudes que antigamente me custavam a aceitar, aquelas opiniões que não queria ouvir, hoje já consigo compreender—cada um faz o melhor que sabe, dentro dos seus próprios limites de entendimento.
O que realmente bloqueia a maioria das pessoas não é falta de esforço, é o teto da sua perceção.
Muitos ficam presos em moldes invisíveis: o que se deve fazer a cada idade, o que é ser bem-sucedido, como é que se ganha dinheiro de forma legítima. Andam às voltas nas regras, medem-se pelos padrões definidos por outros e acabam por viver como produtos de linha de montagem.
A liberdade nunca foi algo que se compra apenas com mais zeros no saldo bancário.
Ela está na atitude de continuar a viver com sentido, mesmo depois de perceberes as regras do jogo. Essa clareza pouco tem a ver com o saldo da conta; depende muito mais de teres coragem para pensar por ti e para trilhar o caminho que a maioria evita.
Neste mercado, há oportunidades por todo o lado. Se as vais agarrar ou não, depende de estares disposto a superar-te.