Recentemente, a minha caixa de mensagens privadas voltou a explodir. Muita gente com um ou dois mil de capital vem perguntar-me: "Porque é que eu estou sempre a sair com pequenos lucros, mas quando perco, insisto até ao fim?" Eu respondo logo: "Consegues largar o vício de olhar para o gráfico todos os dias e operar só duas ou três vezes por mês?"

Para ser sincero, há três meses eu também era desses viciados em gráficos — todos os dias a ver K-lines, a ir atrás de cada hype, a comprar cada correção, a ganhar trezentos ou quinhentos e achar que era um génio do trading, a perder dois ou três mil e a começar a duvidar de tudo. A conta caiu do máximo até pouco mais de dez mil, foi aí que acordei.

Na altura impus-me uma regra rígida: no máximo duas operações por mês, se não vejo um sinal digno de manual, não toco, nem morto. E o resultado? Em três meses, transformei esses dez mil em setenta e cinco mil. Olhando para trás, se tivesse percebido isto mais cedo, tinha poupado pelo menos meio ano de "propinas".

**Primeira lição: não tentes ganhar todo o dinheiro**

O maior erro dos novatos é quererem ganhar em todas as oportunidades. Ficam agarrados ao gráfico de quinze minutos a tentar aproveitar pequenas oscilações — sobem dez pontos, fogem; caem vinte, não querem cortar. Mas os verdadeiros lucros vêm sempre das tendências que rompem níveis chave.

Por exemplo, quando uma moeda principal segura acima da média móvel dos sessenta dias, ao mesmo tempo que o volume sobe mais de trinta por cento; ou quando o gráfico semanal rompe o topo anterior — nestes momentos, o mercado já está em consenso, a taxa de sucesso pode chegar aos setenta por cento e o potencial de lucro é várias vezes superior ao dessas pequenas oscilações. O mês passado, aquela operação em que ganhei 2700U foi só porque esperei que um ativo principal rompesse a média anual; em oito horas apanhei toda a onda de subida.

**Segunda lição: troca pequenas perdas por grandes ganhos, não dispares a torto e a direito**

No trading, não ganha quem lucra mais, mas sim quem sobrevive mais tempo. A minha regra agora é: cada operação pode perder no máximo 5%, se chegar a esse ponto, saio.