Algo está a mudar na dinâmica de poder nas Caraíbas, e está a acontecer mais depressa do que qualquer um previu. Corre nos bastidores diplomáticos que Havana tem feito movimentos discretos — do tipo que nunca admitiriam publicamente —, abrindo canais de comunicação com Washington. O tema? O que vem depois do fim do jogo de Maduro na Venezuela.

Isto não é o típico teatro geopolítico. Quando regimes começam a precaver-se através de conversas não oficiais, normalmente é sinal de que estão a interpretar o contexto de forma diferente. A trajetória da Venezuela tem oscilado há anos, mas ultimamente os dominós parecem mais próximos de cair. Para os mercados que acompanham a América Latina — especialmente aqueles atentos a sanções, fluxos de commodities e padrões de instabilidade económica — isto pode marcar um ponto de viragem.

Sem declarações oficiais, sem conferências de imprensa. Apenas sussurros estratégicos entre capitais. O tipo de manobra que reescreve a economia regional antes que as manchetes acompanhem.