O que realmente merece atenção esta semana na Fed não é propriamente a questão de baixar ou não as taxas de juro.

O essencial está no seu balanço de 6,5 biliões de dólares — como vai ser ajustado, e em que montante, isso é que determina diretamente a direção do mercado. Simplificando, a política monetária atual funciona num sistema de dois trilhos: por um lado, utiliza operações no balanço para influenciar o jogo de riqueza dos mais abastados; por outro, usa a política de taxas de juro para acalmar o cidadão comum. Adivinha qual tem um impacto mais direto no mercado? A resposta é óbvia.

Neste momento, o mercado aposta que a Fed poderá começar já em janeiro do próximo ano a comprar 45 mil milhões de dólares em bilhetes do Tesouro de curto prazo por mês, oficialmente sob o nome de "gestão de reservas". Depois, no primeiro ou segundo trimestre, deverá pisar o travão e reduzir o volume de compras para uma média mensal de 15 a 20 mil milhões.

Qualquer declaração oficial sobre este assunto merece ser acompanhada de perto.