Já vi muita gente entrar no mercado com apenas algumas centenas de euros como capital inicial, e no fim ou acabam por ser liquidados e desistem, ou passam os dias a reclamar que com pouco dinheiro não se consegue fazer nada.

No ano passado, tive um amigo que começou a aprender comigo. Começou com 580 euros, e na primeira ordem as mãos tremiam como varas verdes. Três meses depois? A conta já estava com 21.000 euros, sem nunca ter mexido na alavancagem ou depositado mais dinheiro.

Isto não é sorte. Quem tem pouco capital e quer dar a volta por cima, nunca o faz a apostar tudo numa tendência, mas sim a levar a palavra “segurança” para cada operação. Há oito anos que ando neste meio e cada vez acredito mais nisto: quanto menor o capital, menos pressa deves ter. Devagar é depressa, e a disciplina é o verdadeiro amplificador dos lucros.

**Divisão de capital: não ponhas todos os ovos no mesmo cesto**

O maior erro de quem tem pouco capital é apostar tudo de uma vez. Obriguei o meu amigo a praticar esta estratégia de divisão de capital durante um mês, até se tornar um hábito:

**180 euros para “mão rápida”**: Só opera dois criptoativos principais, nem sequer olha para os outros. O objetivo é simples: assim que ganha 3%-5%, sai logo, independentemente de como esteja o mercado a seguir, nunca deixa posições abertas à noite. Porquê? Porque é durante a noite que acontecem as surpresas e é quando a ganância e o medo dos pequenos investidores mais se manifestam.

**200 euros para “caçador de swings”**: Não entra só porque vê um sinal; só entra quando há confluência em vários períodos — por exemplo, quando os gráficos de 4 horas e de 1 hora dão ao mesmo tempo sinal de alta. Ganha 12%? Primeiro retira 60% do lucro para o bolso, o resto deixa a correr com stop móvel, deixando o lucro crescer sozinho, sem mexer por impulso.

**200 euros para “colchão de segurança”**: Este dinheiro é sagrado — nem que apareça a “oportunidade do século”, nunca mexe nele.