A atual administração enfrenta um delicado exercício de equilíbrio: a inflação continua a ser a principal preocupação do eleitorado. Eis o problema — pressionar por uma política monetária ultra-expansiva pode oferecer alívio a curto prazo, mas arrisca-se a fazer subir ainda mais os preços. Isso é veneno político.

E há outra camada. Se a independência da Reserva Federal for minada, os mercados não ficarão calados. Os investidores prosperam com a previsibilidade e a credibilidade institucional. Mexa nisso, e estará a olhar para fuga de capitais, caos no mercado de obrigações e uma crise de confiança que nenhum pacote de estímulos conseguirá resolver. É um jogo perigoso quando a política se cruza com a política monetária à porta do banco central.