O mercado está agora um pouco esquizofrénico — por um lado aposta num aumento das taxas pelo Banco do Japão em dezembro, por outro fantasia que a Reserva Federal dos EUA, com um novo presidente, será mais branda. O resultado é que as taxas de câmbio explodiram primeiro, as taxas de juro começaram a tremer, e os ativos de risco estão ali ao lado a tremer de frio.
Comecemos pelo Japão. As palavras do banco central foram “avaliar os prós e contras de um aumento das taxas na reunião de dezembro”, e com várias fontes de informação, está praticamente escarrapachado. Mas atenção, escarrapachado ≠ garantido.
A diferença entre estas duas palavras é enorme. Escarrapachado significa que o choque vem sobretudo da diferença de expectativas, não de um ataque surpresa. Quando o sapato realmente cair, o mercado já teve tempo de digerir tudo.
Agora vejamos os EUA.
Ultimamente, os traders andam a jogar ao “adivinha quem será o próximo presidente da Fed”. A Reuters até usou a expressão “presidente sombra” para descrever o impacto antecipado que certas pessoas têm nas expectativas. Traduzido: a trajetória das taxas de juro não depende apenas dos dados, mas também de “quem vai mandar no futuro”.
O que mais assusta neste tipo de trading? Quando as expectativas chegam ao extremo e depois uma declaração oficial deita tudo por terra num instante.
Então, qual é a conclusão? Se o Japão realmente subir as taxas em dezembro, será mais como uma “reavaliação há muito discutida”, e não necessariamente uma repetição do pânico de liquidez do ano passado.
O verdadeiro perigo é este: quando toda a gente já incluiu o “roteiro garantido” nas suas posições, basta o banco central mudar ligeiramente de tom para a alavancagem disparar a volatilidade.
Quanto a rumores como “Powell vai demitir-se”? Trate primeiro como ruído — não deixe que o ruído determine as suas posições.
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MysteryBoxBuster
· 15h atrás
Ter as cartas à vista não significa que está garantido, é preciso lembrar disto, caso contrário a tua posição acabará por ser destruída pelo ruído mais cedo ou mais tarde.
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CryptoDouble-O-Seven
· 15h atrás
Mão aberta não equivale a jogo ganho, este ponto é crucial, quantas pessoas já sofreram com isso.
O ruído não pode comandar a posição, esta frase dói mesmo.
O mercado é assim, metade é adivinhar, metade é cair em armadilhas.
Quando a expectativa é antecipada, é que a correção assusta.
O Banco do Japão já revelou a sua jogada há muito tempo, agora é esperar para ver se o sapato cai.
A alavancagem é a que mais teme mudanças de discurso, isso sim é uma verdadeira bomba.
Em vez de adivinhar o novo presidente, mais vale proteger bem a nossa própria posição.
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StablecoinEnjoyer
· 15h atrás
Carta aberta não é garantia de execução, demasiadas pessoas ainda não percebem isto e acabam liquidadas ao menor desvio.
Diga-se de passagem, basta um comentário do banco central e a alavancagem pode implodir sozinha — as lições do ano passado ainda não foram totalmente aprendidas.
Há demasiado ruído: Powell a demitir-se, subida das taxas no Japão… só confunde a cabeça, mais vale seguir o mercado spot.
É a diferença entre expectativas e realidade que é realmente letal; aquilo que já devia estar totalmente absorvido ainda está a abanar o mercado...
O câmbio é o primeiro a rebentar, este truque repete-se todos os anos; o essencial é não se deixar enganar pelas histórias do presidente-sombra.
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ChainSpy
· 15h atrás
Transparência não significa que seja garantido, este raciocínio merece ser ponderado.
No fundo, esta jogada é uma aposta alavancada na psicologia do banco central.
Quanto ao que disse o Powell, é só para ouvir, não leves mesmo o ruído como sinal de negociação.
Com tantas divergências de expectativas acumuladas no mercado, basta um pequeno empurrão para tudo explodir.
Quando finalmente houver uma decisão, o mercado já terá absorvido tudo; o que realmente assusta são aquelas "mudanças repentinas".
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SeeYouInFourYears
· 15h atrás
Carta aberta não equivale a certeza absoluta, desta vez acho que o ruído é o maior fator.
Quando a alavancagem muda de direção de forma explosiva, é merecido.
Se as expectativas estão escritas nas posições, é só esperar para ser desmentido.
Basta mudar o discurso e os pequenos investidores são apanhados.
Boatos sobre Powell? Melhor ignorar.
O mercado está mesmo esquizofrénico.
O jogo de adivinhar o presidente já não consigo jogar.
Ainda não recuperámos do colapso de liquidez daquele ano.
O que se passa no Japão agora é só uma reavaliação, nada de novo.
A diferença nas expectativas é o verdadeiro assassino, não um ataque súbito.
O mercado está agora um pouco esquizofrénico — por um lado aposta num aumento das taxas pelo Banco do Japão em dezembro, por outro fantasia que a Reserva Federal dos EUA, com um novo presidente, será mais branda. O resultado é que as taxas de câmbio explodiram primeiro, as taxas de juro começaram a tremer, e os ativos de risco estão ali ao lado a tremer de frio.
Comecemos pelo Japão. As palavras do banco central foram “avaliar os prós e contras de um aumento das taxas na reunião de dezembro”, e com várias fontes de informação, está praticamente escarrapachado. Mas atenção, escarrapachado ≠ garantido.
A diferença entre estas duas palavras é enorme. Escarrapachado significa que o choque vem sobretudo da diferença de expectativas, não de um ataque surpresa. Quando o sapato realmente cair, o mercado já teve tempo de digerir tudo.
Agora vejamos os EUA.
Ultimamente, os traders andam a jogar ao “adivinha quem será o próximo presidente da Fed”. A Reuters até usou a expressão “presidente sombra” para descrever o impacto antecipado que certas pessoas têm nas expectativas. Traduzido: a trajetória das taxas de juro não depende apenas dos dados, mas também de “quem vai mandar no futuro”.
O que mais assusta neste tipo de trading? Quando as expectativas chegam ao extremo e depois uma declaração oficial deita tudo por terra num instante.
Então, qual é a conclusão? Se o Japão realmente subir as taxas em dezembro, será mais como uma “reavaliação há muito discutida”, e não necessariamente uma repetição do pânico de liquidez do ano passado.
O verdadeiro perigo é este: quando toda a gente já incluiu o “roteiro garantido” nas suas posições, basta o banco central mudar ligeiramente de tom para a alavancagem disparar a volatilidade.
Quanto a rumores como “Powell vai demitir-se”? Trate primeiro como ruído — não deixe que o ruído determine as suas posições.