FMI Publica Relatório Destacando Riscos das Stablecoins e Defende as CBDCs

O relatório do FMI destaca os riscos que as stablecoins representam para a soberania monetária e defende as Moedas Digitais de Banco Central (CBDCs) como solução.

Os críticos argumentam que as stablecoins oferecem benefícios essenciais em economias fiduciárias instáveis, proporcionando mais liberdade e independência financeira.

O FMI levantou preocupações sobre a potencial utilização das stablecoins em atividades ilícitas, mas os críticos afirmam que riscos semelhantes existem com as moedas tradicionais.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou um relatório que aborda os potenciais riscos das stablecoins e advoga pelas Moedas Digitais de Banco Central (CBDCs) como solução. O documento de 56 páginas detalha as ameaças que as stablecoins representam para a soberania monetária e a estabilidade financeira. O relatório do FMI ecoa as preocupações manifestadas por outros bancos centrais e organizações internacionais quanto à crescente adoção das stablecoins.

Riscos das Stablecoins para a Soberania Monetária

O relatório do FMI alerta que as stablecoins podem minar a capacidade dos governos de controlar as suas políticas monetárias. O relatório indica que a substituição de moeda possibilitada pelo uso de stablecoins infringiria a soberania monetária de um país. “O dinheiro do banco central é a forma mais básica, líquida e resiliente de dinheiro e deve continuar a desempenhar o seu papel”, salientou o FMI nas suas conclusões. O FMI argumenta ainda que as stablecoins podem levar a uma transferência do controlo do dinheiro dos governos para o setor privado.

Como resultado, os bancos centrais podem perder a capacidade de influenciar as condições monetárias internas. Este desafio ao controlo governamental sobre a moeda levanta preocupações sobre a estabilidade das economias nacionais. Em resposta aos riscos apresentados pelas stablecoins, o FMI defende o desenvolvimento e adoção de Moedas Digitais de Banco Central (CBDCs). O FMI sugere que as CBDCs podem proporcionar uma alternativa mais segura e controlada pelo governo às stablecoins.

O relatório destaca que as CBDCs podem ajudar os bancos centrais a manter o controlo sobre os sistemas monetários, oferecendo alternativas digitais ao dinheiro físico. O FMI afirmou que as moedas digitais dos bancos centrais (CBDCs) provavelmente forneceriam um método mais seguro para lidar com moeda eletrónica. Além disso, permitiriam aos bancos centrais manter a sua posição no controlo da oferta monetária e das taxas de juro. Assim, ao limitar o crescimento das moedas digitais, os governos continuariam a poder exercer o seu poder sobre as economias dos respetivos países.

Críticas de Líderes do Setor e Preocupações com Atividades Ilícitas

A posição do FMI relativamente às stablecoins suscitou críticas de vários especialistas em criptoativos. Líderes do setor argumentam que as stablecoins proporcionam benefícios essenciais, especialmente em economias com moedas fiduciárias instáveis. Kevin Lee, Chief Business Officer da Gate, comentou: “Enquanto os bancos centrais concentram-se, e com razão, na estabilidade, acreditamos que a narrativa do ‘risco de substituição’ ignora o quadro mais amplo.” Erbil Karaman, cofundador da Huma.Finance, destacou que muitas pessoas em economias com moedas fiduciárias instáveis dependem das stablecoins para estabilidade financeira.

Ele argumentou que as stablecoins oferecem mais independência em relação aos sistemas financeiros centralizados. “A tomada de decisão centralizada e os sistemas financeiros centralizados falharam com estas pessoas durante décadas”, acrescentou Karaman. O FMI também destacou a questão do possível uso das stablecoins em atividades ilícitas. O documento menciona que a não divulgação ou anonimato das stablecoins e as baixas taxas de transação podem atrair criminosos para as utilizarem em branqueamento de capitais ou até financiamento do terrorismo.

No entanto, alguns opositores afirmam que as moedas tradicionais, como o dólar americano, também estão envolvidas nos mesmos problemas. Embora o FMI tenha manifestado preocupações, outros especialistas acreditam que a utilização de stablecoins para fins indevidos é menos provável do que com dinheiro físico, especialmente se existirem as regulações adequadas. O setor das criptomoedas está em crescimento, e muitos defendem a implementação de regulamentos que não sejam demasiado restritivos nem demasiado permissivos, de modo a reduzir eficazmente os riscos, ao mesmo tempo que promovem a inovação.

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